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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Texto de reflexão

CONSTRUA COM SABEDORIA


Pr Valtair Freitas



Um velho carpinteiro estava pronto para se aposentar.

Ele informou ao chefe seu desejo de sair da indústria de construção e passar mais tempo com sua família.

Ele ainda disse que sentiria falta do salário, mas realmente queria se aposentar.



A empresa não seria muito afetada pela saída do carpinteiro, mas o chefe estava triste em ver um bom funcionário partindo e ele pediu ao carpinteiro para trabalhar em mais um projeto como um favor.



O carpinteiro concordou, mas era fácil ver que ele não estava entusiasmado com a idéia.

Ele prosseguiu fazendo um trabalho de segunda qualidade e usando materiais inadequados.



Foi uma maneira negativa dele terminar sua carreira.

Quando o carpinteiro acabou, o chefe veio fazer a inspeção da casa.

E depois ele deu a chave da casa para o carpinteiro e disse:

"Essa é sua casa. Ela é o meu presente para você".



O carpinteiro ficou muito surpreso. Que pena!

Se ele soubesse que ele estava construindo sua própria casa, ele teria feito tudo diferente.



O mesmo acontece conosco. Nós construímos nossa vida, um dia de cada vez e muitas vezes fazendo

menos que o melhor possível na construção.

Depois com surpresa nós descobrimos que nós precisamos viver na casa que nós construímos.



Se nós pudéssemos fazer tudo de novo, faríamos tudo diferente.

Mas não podemos voltar atrás.



Você é o carpinteiro.

Todo dia você martela pregos, ajusta tábuas e constrói paredes.

Alguém disse que "A vida é um projeto que você mesmo constrói".

Suas atitudes e escolhas de hoje estão construindo a "casa" que você vai morar amanhã.



Construa com Sabedoria!

* * * * * *

Do livro: "Nos Laços do Calvário"



(colaboração para descoberta da autoria: Renée de Almeida)

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Caixa de patchwork no isopor e decopagem

Caderno de patchwork no isopor

Tapete redondo


Tapete redondo


Bolsa e colar


Casaquinho de trico bordado


Casaquinho de trico bordado


terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Aprendendo a viver








Aprendi que se aprende errando

Que crescer não significa fazer aniversário.



Que o silêncio é a melhor resposta, quando se ouve uma bobagem.



Que trabalhar significa não só ganhar dinheiro.

Que amigos a gente conquista mostrando o que somos.

Que os verdadeiros amigos sempre ficam com você até o fim.

Que a maldade se esconde atrás de uma bela face.

Que não se espera a felicidade chegar, mas se procura por ela

Que quando penso saber de tudo ainda não aprendi nada

Que a Natureza é a coisa mais bela na Vida.

Que amar significa se dar por inteiro

Que um só dia pode ser mais importante que muitos anos.

Que se pode conversar com estrelas

Que se pode confessar com a Lua

Que se pode viajar além do infinito

Que ouvir uma palavra de carinho faz bem à saúde.

Que dar um carinho também faz...

Que sonhar é preciso

Que se deve ser criança a vida toda

Que nosso ser é livre

Que Deus não proíbe nada em nome do amor.

Que o julgamento alheio não é importante

Que o que realmente importa é a Paz interior.



"Não podemos viver apenas para nós mesmos.

Mil fibras nos conectam com outras pessoas;



e por essas fibras nossas ações vão como causas



e voltam pra nós como efeitos."



(Herman Melville)

Chinelos bordados


Chinelo preto de pedrarias


Chinelo verde de predarias


A GENTE SE ACOSTUMA




Marina Colassanti







Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.



A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e não ver vista que não sejam as janelas ao redor. E porque não tem vista logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma e não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, se esquece do sol, se esquece do ar, esquece da amplidão.



A gente se acostuma a acordar sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder tempo. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.



A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E não aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números, da longa duração.



A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: “hoje não posso ir”. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisa tanto ser visto.



A gente se acostuma a pagar por tudo o que se deseja e necessita. E a lutar para ganhar com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.



A gente se acostuma a andar nas ruas e ver cartazes. A abrir as revistas e ler artigos. A ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.



A gente se acostuma à poluição, às salas fechadas de ar condicionado e ao cheiro de cigarros. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam à luz natural. Às bactérias de água potável. À contaminação da água do mar. À morte lenta dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galo de madrugada, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta por perto.



A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta lá.

Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua o resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem muito sono atrasado.



A gente se acostuma a não falar na aspereza para preservar a pele. Se acostuma para evitar sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.



A gente se acostuma para poupar a vida.



Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.

Colar de fuxico